segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Lula diz que país caminha para independência na produção de gás

12/11/2007 - 08h31

da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, durante o programa de rádio "Café com o Presidente", que o Brasil caminha para a independência na questão da produção de gás e destacou o investimento da Petrobras no país.

"A Petrobras está investindo muito aqui dentro. Num primeiro momento, o gás tem prioridade para termelétrica. Ou seja, quando os lagos que produzem energia elétrica tiverem num nível muito baixo, nós acionaremos imediatamente as termelétricas-gás. Num segundo momento, a Petrobras precisa atender às suas próprias necessidades porque ela precisa reinjetar gás para tirar petróleo. Aí, depois, ela pode oferecer para as indústrias, oferecer para os carros, oferecer para quem quiser. E nós estamos trabalhando com a certeza de que logo, logo, o Brasil também será independente na questão da produção de gás."

No entanto, Lula afirmou que o país ainda depende do gás da Bolívia, assim como outros países. "O Brasil hoje depende do gás da Bolívia, a Argentina depende do gás da Bolívia, o Chile depende do gás da Bolívia e nós precisamos fazer investimento na Bolívia para que a gente possa produzir mais para atender o mercado interno da Bolívia, o mercado interno brasileiro, o mercado argentino e o mercado chileno."

O presidente ainda falou da descoberta da maior área petrolífera do país.

"O Brasil passa a ser um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Obviamente que esse petróleo, ele não vai conseguir ser extraído amanhã. Ele vai ter que esperar, pelo menos, uns cinco ou seis anos enquanto a Petrobras se prepara, do ponto de vista tecnológico, para chegar no petróleo que é quase seia a sete mil metros de profundidade. Eu acho que foi uma benção de Deus para o Brasil de ter uma empresa que tenha acreditado em pesquisar petróleo em tanta profundidade como a Petrobras. É uma área de 800 quilômetros de extensão e praticamente 200 quilômetros mar a dentro."

Lula também destacou a questão dos biocombustíveis. "A questão do biocombustível, ela tem duas finalidades importantes. Primeiro, aumentar a importância do Brasil na matriz energética mundial que queremos construir para combater a poluição do planeta. Todos nós sabemos do aquecimento do planeta e todos nós sabemos que o petróleo é um dos causadores desse problema. Portanto, nós vamos continuar investindo nos biocombustíveis. Eu continuo dizendo que é inexorável que o mundo vai ter que adotar uma mistura do biocombustível no petróleo."

Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u344799.shtml

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Presidente Lula: números do PAC "são mais do que positivos"

24/09/2007

da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta segunda-feira, durante o programa de rádio "Café com o Presidente", os resultados do último balanço do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

"Os números são mais do que positivos. Veja, os números apresentados pela coordenação geral mostram que praticamente 80% das obras do PAC estão no ritmo adequado. Ou seja, isso era apenas 52% em abril. Apenas 9,7% das ações do programa foram classificadas como preocupantes, ou seja, aquela que tem uma ação na Justiça, aquela que tem uma ação no Tribunal de Contas, aquela que ainda não conseguiu licenciamento prévio."

O presidente afirmou que, a partir do ano que vem, o PAC vai começar a funcionar a todo o vapor. "O PAC está andando dentro daquilo que nós tínhamos programado, ou seja, é um acompanhamento sistemático, um acompanhamento envolvendo a imprensa, envolvendo a sociedade para que o PAC comece, a partir do ano que vem, a funcionar 100% a todo o vapor."

Para Lula, os bons números do PAC estão relacionados com o atual quadro da economia brasileira. "Na medida em que a economia está estabilizada, na medida em que a indústria cresce, na medida em que o comércio cresce, na medida em que a massa salarial cresce, e a inflação fica controlada, ou seja, o PAC na verdade é um desafio, não apenas para o governo, mas um desafio para a participação da iniciativa privada junto com o governo na construção da infra-estrutura que falta para o país. Eu, particularmente, estou convencido de que o crescimento do PIB, estou convencido de que o aumento do salário, estou convencido de que a queda do desemprego, o crescimento do consumo das famílias brasileiras, ou seja, são coisas extremamente importantes, e elas estão intimamente ligadas ao PAC."

O presidente ainda adiantou o que dirá esta semana na Assembléia Geral da Nações Unidas sobre o desempenho brasileiro no combate às mudanças climáticas. "Nós temos bons dados para mostrar nesse encontro. Ou seja, o plano de ação para prevenção e controle do desmatamento. Entre agosto de 2005 e julho de 2006, a taxa de desmatamento na Amazônia caiu 25%. A área desmatada no país baixou de 27 mil quilômetros quadrados em 2004, para 14 mil quilômetros em 2006. Esse desmatamento evitou a emissão de 410 milhões de toneladas de gás carbônico, evitou a destruição de 600 milhões de árvores e de mais de 20 mil aves e 750 mil primatas. Eu estou convencido de que o Brasil tem o que dizer em qualquer debate no mundo."

Fonte:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u330867.shtml