segunda-feira, 27 de junho de 2011

Trajetória de Dilma Rousseff vai para as telas

Longa será baseado no livro ‘A Primeira Presidenta’, de Helder Caldeira, sobre a “Dilma mulher-alfa”. Papel principal foi oferecido a Marieta Severo, que estuda a proposta

Maria Carolina Maia
Dilma 2011 03 11 Dilma: a mulher-alfa da política nacional (Antonio Cruz, Agência Brasil)
 
Depois de Lula, é a vez de Dilma Rousseff entrar em cartaz. O livro A Primeira Presidenta (Faces, 160 páginas, 29 reais), do palestrante e articulista Helder Caldeira, teve os direitos cinematográficos adquiridos pelo produtor Antônio de Assis, que pretende transformá-lo em filme, com Marieta Severo à frente. A atriz vai decidir sua participação após ler o roteiro.

Ainda sem diretor definido, o longa deve ser lançado em dezembro de 2012. Caldeira, que supervisionará o roteiro, espera que o filme seja feito sem recursos públicos. “Acho que é possível.” O articulista, que escreveu o livro em apenas seis dias, em janeiro deste ano, diz que a obra é focada na trajetória política de Dilma, definida por ele como uma “mulher-alfa”.

“Ela tem perfil gerencial, foi à luta e vem assumindo cargos importantes”, diz. “Estamos em pleno processo de ascensão do poder feminino. O filme vai mostrar isso.”

Caldeira explica que escreveu o livro rapidamente porque tinha o assunto “na ponta da língua”. A obra é uma versão das palestras em que faz um paralelo entre a trajetória política de Dilma, iniciada na década de 1980, no PDT de Leonel Brizola, com o processo de redemocratização do país.

 Segundo ele, o livro tem passagens que podem desagradar à presidente, como aquela em que ele lembra que ela não era a primeira opção do PT para a sucessão de Lula. Mas o capítulo em que Dilma se consolidou como candidata ganhou um título forte: “A gênese do vulcão”.

Ali, Caldeira defende a tese de que Dilma se impôs ao dar “uma aula de política”, no Senado, quando, questionada pelo senador José Agripino Maia (DEM) se mentira quanto ao dossiê de gastos sigilosos do governo Fernando Henrique Cardoso, já que dissera em entrevista que costumava mentir,

Dilma disse ter mentido apenas para salvar companheiros de guerrilha.

“Ali, ela chancelou sua candidatura”, afirma.

Para o filme, o produtor Antônio de Assis pretende entrevistar pessoas ligadas a Dilma durante a ditadura, a infância e a adolescência, para acrescentar informações sobre esses períodos.

Caldeira também espera entrevistar a própria presidente.

Embora já esteja à venda, o livro A Primeira Presidenta terá um lançamento oficial apenas em 1º de agosto, na Casa do Saber do Rio de Janeiro.

Na ocasião, Helder Caldeira dará uma palestras sobre "mulheres-alfa".
 

domingo, 12 de junho de 2011

LULA, CONSULTOR DE DILMA, EM CASO DE VITÓRIA

sábado, 30 de outubro de 2010

LULA, CONSULTOR DE DILMA, EM CASO DE VITÓRIA

No último dia, Dilma diz que Lula será seu consultor

Ex-ministra afirma que o presidente não participará formalmente em eventual governo petista

Ricardo Galhardo, enviado a Belo Horizonte | 30/10/2010 12:40
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse na manhã de hoje em Belo Horizonte que, caso seja eleita, o presidente Lula não vai participar formalmente do governo dela. Dilma disse, no entanto, que sempre que for possível, vai consultá-lo. A petista também afirmou que quer unir o País em torno de um projeto de desenvolvimento.

“Se eu for eleita, logo após a eleição quero unir o Brasil em torno de um projeto de desenvolvimento não só material, mas também de valores. Porque acredito que nosso País pode se transformar, cada vez mais, num lugar de convivência e tolerância”, disse a candidata durante entrevista coletiva à imprensa antes de participar de uma carreata na capital mineira.
Dilma não deu detalhes de como conduziria essa união do País, mas fez questão de dizer que vai governar para todos os brasileiros. “Tenho uma coligação e vou governar com a minha coligação. Agora, vou governar para todos os brasileiros, sem fazer distinção de partido, sem exceção”, afirmou.
Questionada sobre o papel do presidente Lula em um eventual governo dela, Dilma disse que “o presidente Lula, obviamente, não será uma pessoa dentro de um ministério. Mas, para mim, que tenho uma relação muito forte com o presidente Lula, ele será sempre uma pessoa de quem tenho plena confiança política e pessoal”.
Segundo Dilma, Lula tem “grande sensibilidade para entender o povo brasileiro” e, sempre que puder, afirmou a candidata, ela terá conversas com o presidente. “Temos um vínculo muito forte. Não há ninguém nesse País que vai me separar do presidente Lula”, completou.
Na véspera do segundo turno das eleições presidenciais, a candidata do PT afirmou que a escolha de Belo Horizonte para encerrar a campanha tem um “simbolismo grande” por ter sido a capital mineira o seu berço político.
Em relação à campanha, a candidata reclamou da “campanha subterrânea”, com boatos, panfletos e telefonemas, mas disse não guardar mágoa. “Estou com a alma leve porque não tenho mágoa”, disse a candidata aos jornalistas.
Logo após a entrevista, que foi realizada na região da Lagoa da Pampulha, a carreata teve início no bairro Venda Nova, na periferia de Belo Horizonte. Ali, moram cerca de 500 mil pessoas e a região é considerada um bastião petista. Dilma está em um jipe, acompanhada de lideranças políticas do PT mineiro, como Patrus Ananias e Fernando Pimentel, além do prefeito Marcos Lacerda (PSB) e dos ministros Alexandre Padilha e Luiz Dulci.