terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Lula diz que "pior já passou" e que país superou crise

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (22), durante pronunciamento de Natal em rede nacional de televisão, que o Brasil conseguiu superar a crise econômica graças à política do governo federal. Leia mais em UOL Notícias.


sábado, 12 de dezembro de 2009

Lula responde bobagens de Caetano e falsidades de FHC

7 de novembro de 2009

Aclamado de pé pelos participantes do 12º Congresso do PCdoB, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu pelo apoio e lealdade e destacou a contribuição dos comunistas para o seu governo e o país. Ele aproveitou para responder às recentes críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à sua gestão e às despropositadas declarações do cantor Caetano Veloso, que o chamou de analfabeto. “Na mesma semana em que fui tachado de analfabeto, ganhei o título de estadista do ano”, disse.

Com ironia e sem citar nomes, o petista respondeu críticas sobre a sua falta de formação universitária e mandou recados ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Se tem uma coisa inteligente é a classe operária. Tem muito intelectual no Brasil que pensa que não. (...) Essa semana eu fui chamado de analfabeto (...) e nessa mesma semana eu ganhei o título de estadista do ano”.

A declaração foi uma referência ao fato de que, no último dia 5, em uma entrevista, o cantor Caetano Veloso chamou o presidente de analfabeto e disse que, ao contrário da Marina Silva e do Barack Obama, Lula não saberia falar e seria cafona e grosseiro.

“Tem gente que acha que a inteligência está ligada à quantidade de anos no colégio. Não tem nada mais burro que isso. A universidade dá conhecimento. Inteligência é outra coisa. E a política é uma das ciências que exigem mais inteligência do que conhecimento. Inteligência para saber montar equipe, tomar decisões, não está nos livros, mas no caráter e na sensibilidade”, completou. Com ironia, ele conclui: “mas não importa. As pessoas falam o que querem e ouvem o que não querem. A vida é dura”.

Soltando indiretas para Fernando Henrique Cardoso, que divulgou artigo falando de um “subperonismo” no governo petista, Lula alfinetou: “Compreendo o ódio, porque um intelectual ficar assistindo um operário que só tem o quarto ano primário ganhar tudo que ele imaginava que ele pudesse ganhar e não ganhou...”, disse Lula.

“Tem presidente que foi estudar dois, três anos lá fora. Eu não”, disse o presidente, afirmando que, diferente de outros presidentes, ele precisou provar desde o dia que nasceu que tem competência. “Tinha clareza, e o PCdoB sabe disso, de que se fracassássemos, levaria mais 150 anos para outro operário ser presidente”, colocou.

Ainda fazendo referência a Caetano, Lula declarou, com graça, que “um país governado por um analfabeto vai terminar realizando um governo que mais investiu em educação”. E reposicionou o alvo no ex-presidente tucano: “Estamos fazendo uma vez e meia o que eles não fizeram em um século. (...) O Fernando Henrique Cardoso achava que nós seríamos um fracasso e que ele poderia voltar”.

Fonte: Portal Vermelho

terça-feira, 28 de julho de 2009

Em coluna semanal, Lula responde perguntas sobre polícia, trens e biodiesel

Veja abaixo a coluna semanal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva distribuída a jornais de todo o país.

Rafael Faria, 21 anos, estagiário de Catalão (GO) - O Brasil possui alta tecnologia para a produção do biodiesel. O sr. acha que os outros países conseguirão adequar-se para produzir essa nova fonte renovável? Como o Brasil pode se beneficiar com isso?

Presidente Lula - Nosso País é um exemplo para o mundo nessa área. Enquanto na média mundial, os biocombustíveis correspondem a 2,3% do total de combustíveis líquidos consumidos, no Brasil a sua participação chega a 25%.

Em 2008, criamos a Petrobras Biocombustível, que já está com usinas em Candeias (BA), Quixadá (CE) e Montes Claros (MG). Incluindo as de capital privado, já são 43. Estamos estimulando países da África e da América Latina a reproduzir nossa experiência. Com produção em escala mundial e a eliminação dos subsídios dos países ricos aos seus produtores, criaremos um forte mercado internacional.

Todos se beneficiarão: o Brasil e os países que passarem a produzir, pela criação de riquezas, e todo o planeta pela redução da emissão de gases do efeito estufa.

João Victor da Rocha Pasqualeto, 17 anos, estudante de Dracena (SP) - Muitas regiões, incluindo a minha, que se desenvolveram graças à chegada do trem, estão em situação de completo abandono, sem transportes de cargas ou de passageiros. Há algum projeto para a reativação? Por que as empresas responsáveis não são fiscalizadas?

Presidente Lula - Você tem razão, mas nós estamos mudando esse quadro. Há ferrovias importantes em construção, que somam 6.022 km, com investimentos de R$ 13,88 bilhões até 2010 e R$ 4,1 bilhões após 2010.

Na Nova Transnordestina, os trechos em obras somam 809 km e o restante está na fase de projetos ou licenciamento. Quanto à Norte-Sul, que tinha apenas 215 km concluídos, nós já inauguramos outros 356 km e temos obras em mais 1.003 km.

Essa ferrovia chegará a Panorama, que fica a 40 km de onde você mora, e aquecerá a economia de toda a região. Essas duas ferrovias - e mais a Oeste-Leste - são a espinha dorsal de novas estradas de ferro a serem construídas.

Um símbolo da retomada é o Trem de Alta Velocidade (SP-RJ) que nos colocará em um novo patamar tecnológico.

O modelo adotado na privatização das ferrovias permitia que as concessionárias abandonassem trechos da área de concessão.

Estamos pactuando um novo modelo no qual isto não acontecerá mais. As empresas que estiverem operando indevidamente e que continuarem irregulares poderão perder a concessão dos trechos abandonados.

Daltro Quadros Duarte, 38 anos, servidor de Porto Alegre (RS) - Quando teremos uma polícia em condições de atender aos anseios da população? Elas estão desorganizadas, mal-remuneradas e sem pessoal. Por que as diferenças aviltantes dos salários? A polícia de Brasília é mais importante que a do Rio Grande do Sul e de outros estados?

Presidente Lula - A questão da segurança pública, incluindo os salários dos policiais, é competência dos estados. Mas o governo federal não está omisso. Criamos a Força Nacional de Segurança, que já capacitou mais de 8 mil policiais, e definimos uma nova abordagem ao setor com a criação do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania.

Se antes os fundos da União iam para a compra de viaturas e armas, agora estamos investindo R$ 6,7 bilhões, até 2012, também em ações sociais que atacam as causas da violência.

São projetos que desenvolvem o policiamento comunitário, atraem lideranças femininas para o apoio a jovens em situação de risco e integram adolescentes a atividades esportivas e culturais.

Para os policiais, criamos o Bolsa Formação. Já são 150 mil os que aderiram à bolsa mensal de R$ 400,00 para participar de cursos de capacitação. Aqueles de menor remuneração podem adquirir a sua casa própria, saindo de áreas de risco. Estamos atuando onde o Estado não existia, levando urbanização, educação e lazer para quem vivia à margem das políticas públicas.

UOL Celular

sábado, 4 de julho de 2009

Lula responderá a perguntas dos cidadãos em jornais

Brasília, 4 jul (EFE).- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicará a partir da próxima terça-feira uma coluna semanal em 94 jornais regionais, na qual responderá a três perguntas feitas por cidadãos, informaram hoje fontes oficiais.

A coluna "O Presidente Responde" será publicada a cada terça-feira e os jornais que manifestaram interesse em publicá-la deverão enviar à Secretaria de Imprensa da Presidência as perguntas que seus leitores querem que Lula responda.

Os responsáveis da Secretaria de Imprensa escolherão três a cada semana, e as respostas do presidente serão enviadas na segunda-feira, para publicação na terça-feira, indicou um comunicado oficial.

A coluna será publicada apenas em diários regionais, a fim de que o presidente possa esclarecer as dúvidas da população em assuntos que têm a ver diretamente com seu entorno.

Desde que assumiu o poder, em janeiro de 2003, Lula mantém o programa de rádio semanal "Café com o Presidente", no qual comenta assuntos da atualidade nacional e internacional, mas sem participação do público.

Segundo a Secretaria de Imprensa da Presidência, com a coluna, há a tentativa de criar um canal de comunicação "mais direto" entre Lula e a população.

Outro projeto da Secretaria de Imprensa da Presidência é a criação do "Blog do Presidente", que está em fase de preparação e deve começar a funcionar no final deste mês.
UOL Celular

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Tomaremos outras medidas para conter crise se for necessário, diz Lula

Da Agência Brasil

Em Brasília

Ao comentar a decisão de prorrogar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de automóveis zero quilômetro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (13) que o governo adotou "as medidas necessárias" e que tomará outras para amenizar os reflexos da crise na economia brasileira, caso seja necessário.

"Fizemos a redução do IPI porque sabíamos da importância da cadeia produtiva automobilística. Eles representam aproximadamente 24% ou 25% do PIB [Produto Interno Bruto] industrial brasileiro", disse, em seu programa semanal "Café com o Presidente".

Lula lembrou que as estratégias do governo na tentativa de reaquecer o setor incluem ainda estimular pequenos bancos para que voltem a oferecer crédito - o que ajuda o capital de giro de pequenas e médias empresas.

"Aos poucos, estamos tomando conta da situação econômica e fazendo com que o Brasil dê as respostas que os brasileiros esperam."

Pacote habitacional precisa de "tempo de maturação"
O presidente comentou também o início do cadastramento de interessados no programa Minha Casa, Minha Vida, e disse que o pacote precisa de um "tempo de maturação" para que a população possa perceber os primeiros resultados. A partir de hoje (13), o governo federal começa a registrar pessoas que querem comprar casas e também projetos de empresas para a construção das moradias.

"É um desafio para o governo, para as prefeituras, para os estados, para os empresários", disse, ao se referir à promessa de construção de 1 milhão de casas.

Para Lula, o pacote habitacional vai permitir "aperfeiçoamento" e "amadurecimento" ao país. Ele destacou que o objetivo do plano é abrir caminho para "respostas" ao déficit habitacional brasileiro e para os níveis de desemprego, sobretudo em tempos de crise financeira internacional. O programa destina-se ao público com faixa de renda entre três e dez salários mínimos. Estima-se que, nessa faixa de renda, exista um público-alvo de 4 milhões de pessoas, na base de clientes do Banco do Brasil, um dos financiadores do projeto.

"As exportações têm diminuído em todos os países. Todo mundo vai comprar apenas o necessário e isso cria problema em vários setores", afirmou o presidente. Ele lembrou que a estratégia do governo brasileiro é fortalecer o mercado interno, com destaque para investimentos no setor automobilístico e de infra-estrutura e para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

domingo, 15 de março de 2009

Sem "procuração", Lula discute droga e ignora Cuba e Venezuela em encontro com Obama



"Obama tem oportunidade histórica de melhorar relações com América Latina e a África", afirmou o presidente brasileiro






SÉRGIO DÁVILA
da Folha de S.Paulo, em Washington

Apesar de ter chegado ao encontro com o papel informal de porta-voz dos países latino-americanos que não gozam de boas relações com os EUA, como Bolívia, Cuba e Venezuela, o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva disse que não falou especificamente de nenhum país em seu encontro com Barack Obama, pelo menos segundo seu relato posterior a jornalistas na Embaixada do Brasil.

"Eu não tratei de Cuba nem de Venezuela especificamente porque não tenho procuração de nenhum governo para tratar de problemas específicos", disse Lula -o presidente venezuelano, Hugo Chávez, havia dito que tinha dado "autorização" a Lula para que falasse em nome dele com Obama.
Joashua Roberts/Efe

Na coletiva de ontem, o norte-americano praticamente ignorou o assunto América Latina, apesar de Lula ter dito que sua eleição era historicamente importante para a região já no início. O democrata fez menção ao 5º Encontro das Américas, em Trinidad e Tobago, e só.

Mais tarde, Lula daria outros detalhes. "Eu converso muito com o Chávez e ele tem expectativa sobre o presidente Obama de que possa melhorar a relação, e o Obama tem boa vontade, a mesma coisa com [o presidente boliviano] Evo Morales", relatou. "Podemos construir na América Latina uma nova relação, de confiança."

No geral, seu discurso ao democrata, disse Lula, foi pela não-ingerência. "Eu disse que os EUA precisam ter um olhar para a América Latina de parceria, não de fiscal, de que vai combater o narcotráfico ou de que vai vigiar alguma coisa ou combater a luta armada", afirmou. "Isso não existe mais."

O brasileiro disse ter avisado a Obama que vai propor ao Unasul (União das Nações Sul-Americanas) a criação de um conselho de combate ao narcotráfico similar ao de Defesa, para "não ficar dependendo da ingerência de ninguém numa coisa que nós temos de resolver pelas próprias mãos".
Gerald Herbert/AP
Obama pode aproveitar para visitar o Brasil após 5º Encontro das Américas, em abril
Obama pode aproveitar para visitar o Brasil após 5º Encontro das Américas, em abril

Então, cutucou o país: "Os outros que cuidem de tomar conta dos consumidores, que aí quem sabe a gente pode resolver com mais responsabilidade o narcotráfico". A ideia, segundo Lula, surgiu de uma conversa sua com o presidente colombiano Álvaro Uribe.

O país, um dos maiores produtores de cocaína do mundo, é o maior receptor de ajuda financeira e militar norte-americana na América do Sul. Desde que Morales expulsou a DEA (agência antidrogas norte-americana) da Bolívia, os EUA pedem ao Brasil mais envolvimento no combate ao tráfico de drogas regional.

Lula dava assim seu recado de volta à Casa Branca, de que pretende convencer os países da região a tomar a rédea do assunto, que representa uma das principais áreas de atuação dos EUA no continente. "Aos poucos, os países da América Latina estão percebendo que nós precisamos deixar de ser dependentes, porque fica todo o mundo esperando que o país rico vá lá fazer as coisas que nós deveríamos fazer", disse Lula

sábado, 14 de março de 2009

Lula destaca protecionismo dos EUA; Obama fala em "respeito entre os países"




da Folha Online

Em encontro com Barack Obama com a presença da imprensa na Casa Branca nesta tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou mais uma vez a questão do protecionismo adotado pelos Estados Unidos.

Lula e Obama têm trajetórias semelhantes, diz Dilma
Obama diz que EUA "têm muito a aprender com o Brasil
Greenpeace protesta em frente ao hotel de Lula, em Washington

"Estados Unidos e Brasil têm um fluxo na balança comercial de US$ 54 bilhões. Estados Unidos exportam US$ 26 bilhões para o Brasil, e o Brasil exporta US$ 28 bilhões para os EUA. Está claro que, para o tamanho dos dois países, é muito pouco o nosso fluxo de balança comercial", disse Lula. "O problema é que todo país só quer vender, ou seja, cada país quer ter superávit comercial, e não é possível. O comércio exterior é uma via de mão dupla. Você vende e compra para manter o equilíbrio. E nós precisamos manter isso. Protecionismo, neste momento, agravaria a crise econômica"
Yuri Gripas/Reuters

Lula é o primeiro presidente latino-americano a ser recebido por Obama na Casa Branca

"Eu espero que os Estados Unidos e o Brasil possam amadurecer nos seus pensamentos [...] e apresentar ao mundo uma solução para o sistema financeiro, que precisa de regulamentação, e isso é inexorável. O tamanho da regulamentação vamos descobrir. Eu sou otimista", continuou o presidente brasileiro.

Antes, Obama havia afirmado que o objetivo é "não retroceder nos avanços que já aconteceram". "O acordo que nós já conseguimos com o Brasil não pode ser violado. Tenho certeza que o presidente Lula também vai tomar atitudes semelhantes no Brasil para garantir que o comércio mundial não retroceda. [...] Vamos assegurar que o respeito entre os dois países construa um caminho bom para ambos. Não vamos construir muros em torno de nossos países."

Relações

Lula é o primeiro presidente latino-americano a ser recebido na Casa Branca. Ele ressaltou o papel do presidente americano na região. "Obama tem a oportunidade histórica de melhorar as relações com a América Latina e a África", afirmou o presidente brasileiro. O democrata afirmou que espera visitar o Brasil em breve.

À imprensa, ao lado de Obama, Lula destacou ainda pontos que considera importantes para superar a crise econômica mundial, deflagrada nos Estados Unidos.

"O presidente Obama e eu estamos convencidos de que essa crise econômica pode ser resolvida com decisões políticas no próximo G20", disse Lula. "Precisamos restabelecer a credibilidade e a confiança da sociedade no sistema financeiro. Precisamos restabelecer a credibilidade e a confiança da sociedade nos governos. Para isso, precisamos fazer com que o crédito volte a fluir dentro dos países e também facilitar o comércio entre os países."